Texto: Marcelo Cavalcante
Foto: Igor Cysneiros
“O avião, patrão! O avião!”. Gritava o personagem Tattoo, interpretado pelo ator francês Hervé Villechaize, nos episódios do seriado dos anos 70, da Ilha da Fantasia, anunciando um grupo de turistas que chegavam para realizar seus desejos impossíveis. Na Ilha do Retiro, há um avião instalado no parquinho da sede, que não veio do mundo dos sonhos. Mas do sonho de um dirigente que queria vê-lo Sport.
A origem do avião na sede do Leão sempre despertou a atenção dos torcedores mais curiosos. Pois bem, o avião é um modelo T-33, fabricado nos Estados Unidos nos anos 40. Foi usado como avião de guerra e, depois, como treinamento de jovens pilotos. Foi um T-33, semelhante ao que está na Ilha do Retiro, que causou a queda do avião que transportava o ex-Presidente da República Humberto Castelo Branco, no dia 18 de julho de 1967, ou seja, há exatos 57 anos.
Segundo informações, o T-33 chegou na Ilha do Retiro por desejo do então presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Rubem Moreira, nos anos 70. O avião estava no Parque de Material da Aeronáutica, que ficava por trás da base aérea, no Recife. Moreira tinha amizade com os funcionários de lá. Fez de tudo para levar o avião para a Ilha e conseguiu.
Por anos e anos, o equipamento fico no chão do parque e só foi erguido, em 1981, na estrutura que está até os dias atuais, graças ao esforço da então conselheira do clube, Dulce Mosinho, e apoio do governador Gustavo Krause. Em 1984, o então presidente do Leão, Arsênio Meira, colocou uma placa na estrutura em homenagem ao secretário geral do Sport, Martinho Campello. Em 2002, a base que segura o avião passou por reforma, na gestão do saudoso Fernando Pessoa.