Texto: Marcelo Cavalcante
Foto: João Trigueiro
O Sport Club do Recife deu um passo muito importante para colocar em prática o Projeto Sport sem Barreiras, que visa aprimorar o clube na questão da acessibilidade e inclusão. Perto de chegar na reta final da obra da Ilha do Retiro, representantes do clube, além de outras instituições, realizaram uma vistoria técnica nos arredores da sede social do Leão para fazer um “raio-x” das necessidades que as pessoas com deficiência física têm para ir e sair do estádio.
O caminho percorrido foi da Ilha do Retiro até a parada de ônibus da avenida Agamenon Magalhães, na frente do Hospital Português. Em seguida, a equipe fez o caminho inverso, voltando para a sede do Rubro-negro. O torcedor André Lucas, presidente da torcida Sport Acessível, fez todo o percurso em seu triciclo. Ele foi mostrando toda dificuldade que existe no caminho da pessoa com deficiência física para ver o jogo do time de coração.
Ao lado de André Lucas estavam o diretor administrativo e social do Sport, Roberto Amorim, o engenheiro da Ilha do Retiro, Walter Revoredo, Diogo Guerra, Coordenador de Operações de Jogos. Parceira desse novo projeto, a UNINASSAU foi representada por Sérgio Murilo Júnior, que é Diretor de Governança Ambiental e Social do Grupo Ser Educacional. Além de Ricardo Castilhus e Carlos Miranda, ambos da CTTU, Laís Nunes, da secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Fernando, Gerente da Pessoa com Deficiência da prefeitura do Recife, Roberto Câmara, engenheiro da Emlurb, Klauber Teixeira e a assistente social Márcia Lins, do Consórcio Grande Recife.
Roberto Amorim acredita que o Leão tem muito a acrescentar na questão de acessibilidade e não vai medir esforços para o que o projeto Sport sem Barreira seja em prática. “Claro que um projeto dessa magnitude leva um certo tempo para acontecer, mas já é um start muito bom para olhar acessibilidade da Ilha do Retiro, tanto dentro quanto fora do e estádio. Vêm muitos projetos pela frente”, diz.
Sérgio Murillo, do Grupo SER, considera essa parceria com o Sport como algo histórico. “A acessibilidade nos estádios é algo que está sendo discutido no mundo inteiro e o Sport não poderia ficar de fora. A gente só tem que agradecer a essa acolhida feita pelo clube. A ideia é remover os obstáculos tanto dentro quanto fora do estádio”, destaca.
Pivô de toda movimentação, André Lucas não esconde a felicidade de ver o clube do coração buscando meios e formas para facilitar sua vida para acompanhar os jogos do Sport na Ilha do Retiro. “É muito bom o Sport abraçar a causa da acessibilidade e da inclusão. É algo gratificante que vai além do meu amor pelo clube”, exaltou.